Em meio à igualdade jurídica do Iluminismo, à igualdade econômica do socialismo e à padronização de valores do capitalismo globalizado, sempre há grupos sociais que procuram se distinguir dos demais.
Aliás, os conceitos de maioria e minoria são extremamente úteis para esse tipo de análise. Seria muito fácil defini-los na perspectiva numérica. Acontece que, às vezes, uma maioria numérica tem menos força do que uma minoria. Veja-se o caso das mulheres: embora dados estatísticos mostrem que há mais mulheres do que homens no Brasil, elas ocupam menos cargos públicos e recebem salários menores do que os homens. Em contrapartida, há certas classes profissionais - como a dos médicos e a dos advogados - que, apesar de serem minoria numérica no mercado de trabalho, têm um enorme prestígio social, o que significa um alto poder de mobilização na defesa de seus interesses. Outras profissões, estatisticamente mais representativas, não têm tanta expressividade social.
A individualidade humana e os comportamentos sociais são indissociáveis. Maoris da Oceania (na imagem à esquerda) ou punks europeus (à direita) procuram criar símbolos de identificação que, ao mesmo tempo, diferenciem os grupos no que a Antropologia analisa como relações de identidade e de alteridade.