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Relações sociais e identidade

Desde Aristóteles, com sua percepção de que o homem é um ser social, atentamos à realidade de que os humanos são seres cuja forma privilegiada de organização é em grupo, o que pressupõe tanto a celebração dos valores comuns quanto a necessidade de conviver com as diferenças.

Isso não significa que os homens não tenham, desenvolvam ou prezem sua individualidade. Todo ser humano tem suas crenças pessoais, seus sonhos, seus medos, suas habilidades e suas limitações. Aliás, a individualidade é exatamente isto: o conjunto de características que distingue as pessoas, garantindo-lhes a originalidade, a unicidade, a particularidade. Acontece que, embora o homem possa ser tomado como um indivíduo, isto é, como alguém considerado isoladamente no grupo a que pertence, os valores individuais não podem chegar ao extremo de desprezar nosso caráter social. Afinal, individualidade não pode ser confundida com individualismo. Saiba mais no site.



Entendemos por individualismo a atitude de quem procura satisfação pessoal a qualquer custo, vivendo exclusivamente para si; trata-se de um comportamento egoísta, que nega o valor (e mesmo as vantagens) da convivência e do compartilhamento da experiência. Dessa forma, o individualismo toma o homem como "uma ilha" e, por isso, pode levar o ser humano à desagregação. Já a ideia de individualidade não se confunde com o egoísmo, uma vez que podemos viver em grupo, estabelecendo relações sociais, e, ao mesmo tempo, ter características que nos diferenciem das demais pessoas.

Do ponto de vista lógico, todo ser humano é um indivíduo (que significa, literalmente, "o que não se divide"), pois os homens são seres unitários reais, que podem ser reconhecidos por meio da experiência. Existem várias disciplinas que se interessam, em maior ou menor grau, pelo estudo do indivíduo, como a Psicologia, a Biologia e a Filosofia. Para nós, neste curso, importa o estudo da sociedade.