"" → Ganhar dinheiro no automático: Marx, Weber e Durkheim

Marx, Weber e Durkheim

Três pensadores podem ser considerados os pais da Sociologia: Karl Marx (1818-1883), Max Weber (1864-1920) e Émile Durkheim (1858-1917). Eles deram dimensão científica à disciplina e começaram a estudar, de modo mais sistemático, as formas de organização e as regras de funcionamento das sociedades humanas, procurando determinar as normas que regem as relações sociais. Esses procedimentos implicavam a análise das instituições e dos comportamentos sociais, bem como da ideologia, da cultura e das relações de trabalho que se construíam no mundo capitalista.

Mas a Sociologia, em sua tarefa de escudar os indivíduos em grupo, em sociedade, como seres sociais que somos, é mais do que uma ciência. Além de procurar compreender (com rigor de métodos e técnicas de investigação) a sociedade moderna, os sociólogos muitas vezes demonstraram desejo de intervir na ordem social, de maneira que as reflexões científicas se misturaram às intenções práticas. Nada mais previsível. Já que vivemos numa sociedade multifacetada, em que há valores divergentes e choque de interesses, era de se esperar que os sociólogos não se comportassem como "técnicos que dissecam cadáveres". A sociedade é um organismo vivo, complexo, que se modifica continuamente (e do qual o sociólogo é um componente vivo e interdependente); por isso, para compreendê-la, muitas vezes é preciso posicionar-se dentro dela, no olho do furacão.

Identidade e alteridade: o nascimento da Antropologia

No século XIX, na mesma época em que a Sociologia surgia como disciplina das ciências humanas, apareceram pesquisadores interessados pelo modo de vida, pelos costumes, pelas crenças de grupos sociais que viviam longe da Europa ocidental. Segundo esses pesquisadores, para conhecer "o homem", não bastava estudar a sociedade europeia (considerada, equivocadamente, um todo coeso e uniforme); seria preciso analisar agrupamentos sociais formados por não europeus, preferencialmente aqueles com hábitos bastante diversos dos moradores de Paris, Londres ou Milão. Assim se deu o nascimento da Antropologia.

Com efeito, do ponto de vista biológico, todos os homens são iguais e pertencem a uma mesma espécie (biologicamente, não existem "raças" humanas - nossas características genéticas são todas de uma mesma "raça" ou, mais propriamente, da mesma espécie). Porém, do ponto de vista antropológico, cada agrupamento humano tem a sua cultura e as suas particularidades. Foi por isso que os primeiros antropólogos, reconhecendo essas diferenças, resolveram estudar sociedades não europeias, cujas culturas eram menos conhecidas e, desse modo (mais distanciado e menos contaminado, com menos pressuposições e preconceitos), permitiriam melhor ganhar dinheiro online ter acesso a um método confiável para alcançar os objetivos desenvolvimento das pesquisas que se iniciavam. 

A Antropologia é a ciência da diferença, da alteridade. Alteridade se opõe a identidade - o radical alter significa, em latim, "outro". Portanto, se o "eu" define a identidade, o "outro" caracteriza a alteridade. A relação entre membros de uma mesma cultura é de "identidade"; a relação entre membros de culturas diferentes é de "alteridade" - sobre esses universos transita a pesquisa da Antropologia.



Muitas vezes, para fazer parte de um grupo social - de um Estado, de uma etnia ou de uma religião - e, assim, afirmar uma identidade, é preciso dialogar com a alteridade. Isso porque fazer parte de uma cultura é não fazer parte de outra. Aos antropólogos, não cabe somente estudar os conflitos que podem advir daí, mas também analisar as condições em que se estabelecem os laços de identidade e as relações de alteridade.

Um conceito fundamental nesta reflexão é o de etnocentrismo. Passo a passo para fazer um TCC De acordo com uma visão etnocêntrica de mundo, o grupo étnico ou a nação a que se pertence seriam socialmente mais importantes do que os demais. Em sua origem, o etnocentrismo partia da ideia, disseminada entre certos grupos tribais, de ser o seu grupo o único realmente humano ou, pelo menos, o grupo do qual teria se originado a espécie humana. Daí para a concepção de serem todos os demais grupos inferiores ou inacabados na evolução da espécie foi só um passo.